Juros do crédito da casa descem para mínimos de dezembro de 2022

Taxa de juro média das novas operações de crédito à habitação baixaram para 3,06% em abril, o valor mais baixo em quase dois anos e meio.

Pedir dinheiro ao banco para comprar casa está cada vez mais “barato”. Os juros do crédito à habitação continuam em queda por conta do alívio da política monetária do banco central. Em abril, atingiram o valor mais baixo desde dezembro de 2022.

“A taxa de juro média das novas operações de crédito à habitação passou de 3,13% em março, para 3,06% em abril”, revela o Banco de Portugal esta quarta-feira em comunicado.

Segundo explica o supervisor, esta descida observou-se quer nos novos contratos de empréstimo (caiu 0,03 pontos percentuais para 3,02%), quer nos contratos em que houve lugar a renegociação (caiu 0,17 pontos para 3,26%).

A taxa média atingiu o pico em outubro de 2023 nos 4,32% devido ao aperto da política monetária do Banco Central Europeu (BCE) para controlar a inflação. Mas desde então tem vindo em tendência decrescente por conta da descida das Euribor, que são usadas na maioria dos contratos em Portugal como indexante, refletindo a inversão da política do BCE. Neste período, a taxa média dos empréstimos à habitação já baixou 1,26 pontos percentuais em termos cumulativos.

Lá fora, a taxa de juro média das novas operações de empréstimos à habitação do conjunto dos países da área do euro diminuiu para 3,25%. “Portugal apresentou a oitava taxa de juro média mais baixa, ficando abaixo da média da área do euro”, indica o Banco de Portugal.

Crédito à habitação mais ‘barato’

Fonte: Banco de Portugal

Jovens representam mais de metade do novo crédito

O Banco de Portugal revela ainda que os jovens representaram mais de metade do novo crédito concedido pelos bancos para a aquisição de habitação em abril.

Naquele mês, o montante de novos contratos totalizou os 1,8 mil milhões de euros, menos 195 milhões em relação ao mês anterior, segundo a instituição. Sendo que “o crédito concedido a mutuários com idade igual ou inferior a 35 anos representou 58% do montante de novos contratos para habitação própria permanente concedidos em abril”, precisa a instituição liderada por Mário Centeno.

Em relação a março, observou-se um aumento de um ponto percentual do peso dos jovens no montante de crédito concedido. Algo que estará relacionado com a garantia pública para os jovens.

(notícia atualizada às 12h27)

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